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Sete a cada dez brasileiros são favoráveis à taxação das grandes fortunas

Ao mesmo tempo que a taxação dos super-ricos ganha força em todo o mundo, a proposta defendida por lideranças globais, inclusive no Brasil, que é um dos principais expoentes do tema, também cresce no país. Pesquisa divulgada pelo Instituto Ipsos, na última segunda-feira (24), mostra que sete a cada dez brasileiros são favoráveis à tributação dos super-ricos. 
 
A medida, defendida por autoridades governamentais brasileiras, tem sido bandeira em encontros com lideranças de todo o mundo. A pesquisa divulgada nesta semana aponta que 69% dos brasileiros concordam com a medida, índice próximo da média dos outros países do chamado G20, nos quais 68% da população, em média, apoia esse tipo de imposto. 
 
A pesquisa do Ipsos ouviu 22 mil pessoas entre março e abril deste ano em 22 países, incluindo 18 do G20 e outros quatro que não compõem o grupo. São eles: Áustria, Dinamarca, Quênia e Suécia. O Brasil ocupa a 7ª colocação entre os países nos quais a sociedade mais apoia um imposto para as grandes fortunas. Na liderança do ranking estão a Indonésia (86%), Túrquia (78%) e Reino Unido (77%). Do outro lado, Japão (58%), Arábia Saudita (54%) e Argentina (54%) são os países cuja medida conta com menor apoio popular. 
 
Aqui no Brasil, o Instituto Justiça Fiscal (IJF) é um dos principais defensores da taxação das grandes fortunas. A organização realiza campanhas informativas e ações em todo o país em defesa da igualdade social, tendo a justiça fiscal como um dos seus principais instrumentos. Inclusive, foi uma das signatárias da campanha “Tributar os Super-Ricos”, que já está na rua há três anos. 
 
Com o avanço das mudanças climáticas e suas consequências práticas na vida de pessoas em todo o mundo, a proposta pode ganhar ainda mais força. É o que defende em artigo Maria Regina Paiva Duarte, auditora-fiscal aposentada que compõe a Direção do IJF e a coordenação da campanha “Tributar os Super-Ricos”. “Os recursos podem ser obtidos tributando altas rendas, grandes fortunas e heranças, cuja insuficiente taxação tem relação direta com a desigualdade alarmante no Brasil. Estudo efetuado pelo IJF indica que as classes mais ricas deixaram de pagar de imposto aproximadamente R$ 650 bilhões, entre 2007 e 2018, por conta da regressividade das alíquotas efetivas do imposto de renda para as altas rendas”, diz trecho da análise publicada no site do IJF. 
 
A diretora de comunicações da Delegacia Sindical de Curitiba do Sindifisco Nacional, Betina Krieger, reforça a tese. “Podemos perceber que há uma percepção coletiva da importância de taxar as grandes fortunas. O Brasil, um país tão desigual, vive com uma regressividade injustificável no seu sistema tributário. O primeiro grande passo para reverter esse cenário é esse: taxar os super-ricos. Caminhamos ao lado de todos que defendem essa proposta. A aceitação da população é sem dúvida mais um indicativo que esse momento está chegando”, analisou.
 
Foto: Gibran Mendes

Fonte: DS Curitiba com Jornal GGN

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