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Exercício físico: um grande aliado no combate à depressão

Começar a se mexer faz parte do tratamento, melhorando a saúde física e mental e oferecendo a oportunidade de socialização.
 
Considerada o mal do século, a depressão é uma doença muitas vezes silenciosa, e até mesmo menosprezada, quando atribuída à tristeza ou falta de força de vontade. A cultura ocidental vem banalizando a depressão como algo comum entre as pessoas, pois estamos diante da competitividade, individualismo e da frieza tecnológica que, por muitas vezes, inibe o convívio real.
 
Porém, quando não tratada de forma adequada, a depressão pode trazer consequências devastadoras, com o surgimento de pensamentos negativos e autodepreciativos que, em situações mais críticas, podem evoluir para ideação e tentativas de suicídio.
 
Por isso, em setembro, mês escolhido para conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e para prevenção do suicídio, é importante falarmos sobre a depressão, e também como a atividade física pode ser uma grande aliada para combater este mal.
 
O que é depressão e como identificá-la?
O médico psiquiatra cooperado da Unimed Curitiba, Guilherme Góis, explica que a depressão é um distúrbio de origem multifatorial, que envolve um desequilíbrio químico e também um distúrbio afetivo psíquico, que pode ser agravado por fatores estressores ambientais.
 
Os principais sintomas para identificação de uma pessoa depressiva são:
 
  • Angústia
  • Tristeza
  • Cansaço
  • Falta de confiança
  • Falta ou excesso de apetite
  • Desinteresse
  • Insônia
  • Excesso de preocupação
  • Irritação
  • Perda do apetite sexual
Dores físicas, como musculares e abdominais
Muitas vezes, os fatores emocionais e sociais são consequências e não causas da depressão, que pode ser genética ou originária de uma série de alterações químicas cerebrais, e tem relação com os neurotransmissores de serotonina, noradrenalina e dopamina. – Experiências intensas como traumas, bullying, violência, maus tratos e separações são alguns dos fatores dolorosos capazes de iniciar um processo depressivo. Outros sentimentos como mágoas, ódios e tristezas também podem ser impeditivos de uma vida plena e saudável – esclarece o psiquiatra.
 
Como tratar a depressão?
A busca por uma vida com hábitos saudáveis, a redução de fatores estressores ambientais, ter rotinas e organização do cotidiano, podem ajudar a reduzir gatilhos para o desencadeamento da depressão. Porém, por ter uma base genética, não se pode ter abordagens absolutas na prevenção. O mais importante, então, é ficar atento a sinais precoces para busca do tratamento no início do quadro.
 
– O tratamento deve abordar todos os aspectos envolvidos, com um enfrentamento multidisciplinar, envolvendo terapia psicológicas, avaliação psiquiátrica e, quando indicado, o uso de medicamentos antidepressivos.
 
 
Como a atividade física pode ajudar?
Guilherme afirma que a atividade física é considerada essencial no tratamento da doença. Isso porque o exercício físico realizado de forma regular tem a capacidade de melhorar o humor e fazer com que o sentimento de tristeza e o estresse diminuam.
 
– Isso ocorre porque, ao praticar atividades físicas, é liberado o hormônio endorfina, conhecido popularmente como o hormônio da felicidade. Ele funciona como um analgésico natural, aliviando as tensões e regulando as emoções.
A prática regular de atividades físicas também auxilia no sono. Geralmente, pessoas depressivas possuem a tendência de trocar o dia pela noite ou ter dificuldade para dormir, devido ao alto grau de ansiedade e estresse. Com a prática de exercícios físicos, é possível que o sono fique mais equilibrado.
 
É interessante também ressaltar que a prática de exercícios físicos faz com que ocorra maior envolvimento social do depressivo. Pessoas que sofrem com depressão muitas vezes encaram a socialização como uma missão impossível. Porém, com a prática de atividade física, a probabilidade de interação social é aumentada, pois a pessoa irá se envolver com outros alunos, com o instrutor, entre outros.
 
Quais são os exercícios mais recomendados?
Os exercícios escolhidos vão de acordo com o perfil da pessoa, assim como a frequência com que serão realizados. É importante escolher uma atividade que goste ou que tenha interesse em aprender, pois assim a possibilidade da prática ser regular é ainda maior.
Para os iniciantes e jovens, uma caminhada realizada três vezes por semana é uma boa pedida. Já para os idosos, a musculação feita com acompanhamento profissional é uma ótima escolha.
 
Além disso, o psiquiatra afirma que outras atividades, que possam ser feitas com mais pessoas e ao ar livre, de preferência, podem ser grandes aliadas no combate à depressão. – Algumas opções que eu indico são aulas de música ou instrumento musical, pintura, culinária, artesanato, dança, entre outras. Se você é daquelas pessoas que gostam de um desafio, tente alguma atividade nova. Um processo de novas descobertas pode ser muito energizante. O mais importante é buscar algo que você se identifica, e mãos a obra!

Fonte: Mude 1 Hábito

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