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DS Curitiba debate campanha salarial e contexto de lutas sociais no Brasil

Na quarta-feira (9), a DS Curitiba realizou o Seminário "A Campanha Salarial dos Servidores Federais e o Contexto das Lutas Sociais no Brasil em 2015", no hotel La Dolce Vita, em Tijucas do Sul. Como convidados, palestraram os professores de economia Nildo Ouriques e Marcelo Lettieri, que também é Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

No início do evento, o presidente da DS Curitiba, Delmar Joel Rodrigues, agradeceu a todos os presentes e lembrou do evento realizado em Itá, entre os dias 31 de julho e 3 de agosto de 2014, de onde saiu a carta "Ainda é tempo de impedir a nossa autodestruição", oriunda de discussões dos realizadas no evento, com representantes das DS Curitiba, Florianópolis e Joinville. Relembrou que os acontecimento recentes comprovam o que foi discutido naquele evento.

O diretor de assuntos jurídicos, Norberto Antune Sampaio, presidiu a mesa e encaminhou os debates feitos durante o evento.

O professor de economia e relações internacionais, e presidente do Instituto de Estudos Latinoamericanos na Faculdade de Santa Catarina, Nildo Ouriques, centrou sua apresentação no tema da crise política brasileira, ressaltando a crise do sistema político. E também, sobre a crise econômica, que manifesta-se sob a forma de ajuste da política econômica.

O economista ressaltou que o Brasil continua sendo um país pobre da periferia capitalista e que a desigualdade de riqueza continua sendo abismal, onde menos de 20% da população detém mais de 80% da riqueza nacional. "Esse sistema político está muito cômodo para a classe dominante brasileira. Não há resistência social contra ela", afirmou o professor.

O AFRFB Marcelo Lettieri, falou sobre a conjuntura econômica internacional, nacional e a disputa por recursos públicos existente há décadas no país. Segundo o professor, passamos a ser meros reprodutores do pensamento hegemônico capitalista. Nessa perspectiva, as únicas respostas para a crise dizem respeito a aprofundar a própria crise, pois quem dá as soluções são as próprias instituições que as estão gerando.

O auditor explica que o Governo,  está o tempo todo buscando atender as expectativas do mercado, que se resume a 100 instituições financeiras, consultadas semanalmente pelo Banco Central. "O argumento da inflação é o argumento mais falacioso da economia brasileira", ressaltou o professor. Segundo ele, o que está em jogo é para quem vai as fatias do orçamento público. A teoria dos juros elevados para controlar a inflação apenas garante uma fatia muito maior para a elite brasileira.

No final, os presentes realizaram perguntas aos palestrantes e tiveram a oportunidade de participar de um debate que buscou chegar ao cerne da situação econôica nacional e de como ela afeta os interesses dos AFRFB. A luta, ressaltou-se, deve ser coletiva. "O principal problema hoje dentro do sindicato é como vamos pressionar quem está retirando cada vez mais nossas atribuições e mediocrizando nossa atividade", enfatizou Lettieri.

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