
O Globo ataca auditores-fiscais em editorial
O jornal O Globo publicou, em 18 de junho, um editorial intitulado “Descaso do funcionalismo revela urgência de reforma administrativa”. O artigo, que demonstra a opinião do veículo de comunicação, faz ataques ao serviço público federal, em especial aos auditores-fiscais da Receita Federal e aos médicos peritos do INSS.
O texto reduz a mobilização da categoria à reivindicação do bônus de produtividade, cuja regulamentação da lei é aguardada pela categoria há seis anos. Em momento algum o jornal cita a luta dos auditores-fiscais pelo respeito ao orçamento da Receita Federal, cortado em mais de 50% apenas em 2022, e pela recomposição do quadro efetivo de servidores, diminuído à quase a metade nos últimos anos.
Outras pautas da categoria de interesse de toda a sociedade como a correção da tabela do Imposto de Renda, a Reforma Tributária que estabeleça um sistema justo e igualitário e a luta contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 17/2022, conhecido como o “Código de Defesa do Sonegador”, foram simplesmente ignoradas no editorial.
Entre os ataques feitos pelo O Globo, destaque para o trecho que diz “em breve, faltarão medicamentos se os auditores da Receita criarem obstáculos burocráticos à importação de insumos farmacêuticos”. Uma suposição infundada e absurda que tenta colocar a sociedade contra o movimento dos Auditores-Fiscais. Nunca, em nenhum movimento dessa categoria, houve ou haverá prejuízo dessa natureza.
A finalidade do editorial é reclamar os retrocessos da reforma administrativa propagandeada pelo jornal, mas que não representa qualquer benefício para a sociedade brasileira e vislumbra a drástica redução do papel estatal, o que aprofundaria ainda mais as desigualdades sociais e injustiças no país.
Cabe lembrar que a destruição do serviço público faz parte da linha editorial claramente liberal do Grupo Globo. A Delegacia Sindical de Curitiba do Sindifisco repudia mais esse ataque por parte do jornal à categoria e o Departamento Jurídico da entidade estuda as medidas cabíveis no caso.
Fonte: DS Curitiba - Sindifisco
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