Notícias

Imagem

Recomposição» Servidores aprovam calendário de lutas e aguardam diálogo com o governo

"Falta apenas vontade política para a recomposição das perdas inflacionárias, pois recursos existem. Para tanto, é necessário aumentar a pressão do funcionalismo", afirmou o economista Braúlio Cerqueira.
 
Em continuidade aos atos pela recomposição salarial, os servidores públicos federais paralisaram as atividades nesta quinta-feira, 27 de janeiro, para participar da Plenária Nacional virtual que contou com uma programação que começou às 10h e encerrou às 16h e a ainda aprovou o calendário de lutas.
 
O evento foi promovido pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e contou com o apoio do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate).
 
Rudinei Marques, presidente do Fonacate, fez a abertura do evento e avaliou que a campanha salarial começou bem, destacando ainda que o ato do dia 18 de janeiro foi forte o suficiente para o governo ter de vir a público, ao final do dia, tentar minimizar as manifestações.
 
Para o presidente, essa “será a campanha salarial mais difícil dos últimos 30 anos, o que exigirá avaliações precisas dos dirigentes sindicais, em função da conjuntura adversa que o país atravessa, em especial, em decorrência da pandemia”. Marques pontuou alguns desses entraves, como o fato de os servidores públicos da saúde estarem à frente do combate à crise sanitária, ou seja, na prática, não poderiam fazer greve.
 
Em sua fala, Davi Lobão, diretor do Fonasefe, fez um histórico do movimento, e relatou que a entidade enviou um ofício ao Ministério da Economia, requerendo reposição de 19%, e apresentou pedidos de reunião com Poder Executivo e Legislativo. Até o momento os servidores seguem sem diálogo com o governo.
 
O consultor legislativo do Senado, Luiz Alberto dos Santos, foi o primeiro palestrante da manhã e abordou questões fiscais, orçamentárias e legais referentes à eventual recomposição salarial, sobretudo em função do período eleitoral, que somente permite a recomposição da inflação do próprio ano da eleição nos seis meses que a antecedem.
 
Santos apresentou estudo que recupera a evolução remuneratória dos servidores entre 2017 e 2022 e as perdas acumuladas até 2022. Também analisa as limitações fiscais e apresenta soluções para o problema. O levantamento comprova que há recursos no orçamento suficientes que permitem a recomposição das carreiras. Acesse a Apresentação.
 
Já o Auditor Federal de Finanças Controle Bráulio Cerqueira, presidente do Unacon Sindical e mestre em Economia, afirmou que “falta apenas vontade política para a recomposição das perdas inflacionárias, pois recursos existem. Para tanto, é necessário aumentar a pressão do funcionalismo”.
 
Na parte da tarde, o palestrante foi o ex-presidente da OAB e membro da Assessoria Jurídica Nacional da Fenajufe (AJN), Cézar Britto, que analisou sobre os aspectos jurídicos da recomposição salarial e compartilha o mesmo diagnóstico apresentado por Luiz Alberto.
 
Britto afirmou que não há obstáculo jurídico e nem orçamentário para que o chefe dos Poderes possa encaminhar o aumento ou realinhamento das carreiras. “Há de se enfrentar o obstáculo político.” Segundo ele, isonomia e igualdade entre os servidores é direito garantido pela Constituição Federal de 1988.
 
A próxima atividade será dia 2 de fevereiro, organizada pelo Fonasefe, com atos presenciais no DF e outras capitais. Veja abaixo o calendário.
 
Calendário Aprovado
 
02/02/22 – Atividade simbólica, como parte do processo de mobilização pela recomposição emergencial, em Brasília/DF, com faixaço por todo o País nos órgãos e prédios públicos;
 
07 a 11/02/22 – Rodada de plenárias estaduais e atividades virtuais “Reposição emergencial para todas e todos: 19,99% já!”;
 
14 a 25/02/22 – Jornada de Luta em estado de greve;
 
09/03/22 – Greve Nacional dos(as) servidores(as) Federais. (se aprovada nas assembleias).
 
Os deputados federais Professor Israel Batista (SOLIDARIEDADE/DF) e Rogério Correia (PT/MG) marcaram presença no encontro e manifestaram apoio à reivindicação dos servidores e servidoras, ressaltando que a unidade das categorias em 2021 foi fundamental para derrotar o andamento da PEC 32/2020 no Congresso Nacional e que essa mesma unidade deve ser mantida para garantir vitória em 2022. Rogério Correia irá solicitar audiência pública na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), onde é membro titular, para debater o tema tão logo inicie os trabalhos legislativos.

Fonte: Fonacate

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

A Delegacia Sindical de Curitiba do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

Saiba mais sobre o tratamento de dados feito pela DS Curitiba CLICANDO AQUI. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito da DS Curitiba, bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.