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Luiza Trajano apoia taxação de fortunas, mas com “reforma no imposto”

Dona da Magazine Luiza, a empresária afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que é necessário um "estudo do imposto de modo geral"
 
A empresária Luiza Helena Trajano, uma das mulheres mais influentes no país e dona da nacional Magazine Luiza, disse ao Metrópoles que concorda com a taxação de grandes fortunas, “desde que se estude uma reforma do imposto de modo geral”.

A pauta tem sido defendida internacionalmente pelo grupo Milionários pela Humanidade. A taxação seria uma forma de aumentar os recursos governamentais para diminuir os impactos causados pela pandemia da Covid-19. Luiza Trajano afirmou que há, no Brasil, pessoas interessadas em “estudar o movimento”.

“A gente até já pensou. Tem alguém que quer coordenar isso. Eu acho superjusto, desde que não vá para esse bolão que a gente não sabe para onde está indo [o dinheiro].” A empresária pontuou que, neste momento, o mais importante é vacinar, pois, do contrário, não seria possível fazer nada com esse dinheiro. “Acho superlegal, desde que se estude uma reforma do imposto de forma geral, não é nem abaixar, mas uma reforma” (confira a partir do minuto 22’11”).

Assista:
 
 
Idealizadora do movimento Unidos pela Vacina, que busca acelerar a imunização da população brasileira contra o coronavírus, a empresária garantiu que a ideia do grupo não é criticar a gestão do governo, mas mostrar união em prol do Brasil.

“A gente tem o Mulheres do Brasil, que é um grupo de 86 mil mulheres. Uma das causas que sempre trabalhamos é a saúde, e sabemos que o SUS [Sistema Único de Saúde] é o melhor sistema de saúde do mundo. Ele é perfeito para um país de desigualdades. Quando veio a pandemia, a gente trabalhou muito o SUS. Quando entrou a vacina, a gente não fez críticas de quem fez ou quem não fez, eu sempre acredito que somente uma sociedade unida, junta, tendo como causa o Brasil, é que muda um país. O grupo é totalmente apartidário, de fazer acontecer, não reclamar, trabalhar, não dar opinião, criar fatos concretos. Uma das premissas do grupo é não buscar um culpado”, explicou (16’22”).

Luiza Trajano frisou que é contra a compra de imunizantes por parte de empresários, conforme aprovado pelo Senado Federal neste mês. Pontuou ainda que, caso o dono de empresas consiga adquirir o imunizante, é necessário que as doses sejam doadas para o Sistema Único de Saúde. “Nós temos R$ 20 bilhões para comprar vacina, o problema não é dinheiro, o problema é encontrar vacina”, completou.

Partidarismo

Cortejada por partidos políticos por seu sucesso como empresária, Luiza Trajano garantiu que não se envolverá na batalha das eleições de 2022. Ela revela que trabalha em um “planejamento estratégico do Brasil” para unir classes sociais e trazer melhorias para educação, saúde, habitação e emprego.
 
“Onde você pode me encontrar é em um planejamento estratégico do Brasil em educação, saúde, habitação, emprego até 2032, e com uma linguagem que o povo entenda. Se você não tiver um planejamento, ninguém vai fazer milagre. Ninguém vai me ver escolhendo quem vai ser candidato”, disse (25’33”).
 
A empresária afirmou que não é favor da reeleição presidencial e defendeu mandato de cinco anos para o Poder Executivo. Lembrou que tem bom relacionamento com “Luciano Huck, com Ciro [Gomes], com [Luiz Henrique] Mandetta, com a esquerda”.

Desigualdade social
 
A respeito do ranking global dos bilionários em 2021 da Forbes, Luiza Trajano, que coleciona fortuna de US$ 5,3 bilhões, afirmou que uma saída para a desigualdade de gênero no Brasil é atribuir maiores responsabilidades às mulheres no mundo do trabalho.
 
“Trabalho muito com união do masculino e feminino. As mulheres ainda estão muito atrás, porque nós temos hoje somente 7% de mulheres em conselhos. Se tirar as donas, como eu, e filhas das donas, isso cai para 3 ou 4%. Então, precisamos ter esse equilíbrio. Eu luto, chamo meus amigos homens e digo que precisamos ter uma atitude mais firme para que isso aconteça mais rapidamente. Mas não quero que a gente domine o mundo, já vimos que com dominação não está legal”, afirmou (5’3”).

Quanto ao projeto de lei que estabelece multa para empregadores que pagam salários diferentes para homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos, aprovado pelo Congresso Nacional, a empresária disse que é necessário mudar o paradigma para ver resultado: “A minha luta para a igualdade salarial é de muito tempo. Não sei se a multa resolve”.
 

Fonte: Metrópoles

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