Notícias

Imagem

Guedes faz "apelo" para que acordos políticos caibam no Orçamento

Diante dos problemas do Orçamento, Guedes diz ser preciso aliar o combate à covid-19 com a responsabilidade orçamentária
 
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um "apelo" aos parlamentares nesta terça-feira (30/3), para que as escolhas políticas caibam nos orçamentos públicos. A declaração deixa claro o incômodo da equipe econômica com o Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional, que, segundo os especialistas, é inexequível.
 
"Por falar no Congresso, nosso apelo final é justamente que os acordos políticos têm que caber nos orçamentos públicos. A essência da política é fazer a alocação dos recursos", disse Guedes. "É importante a interação frequente do Congresso com a Economia, para fazermos a coisa certa do ponto de vista político, que é o combate a essa 'cauda' da pandemia, e também dentro do compromisso com a responsabilidade fiscal, para não desorganizar a economia", reforçou.
 
O ministro comentou a relação com o Congresso na aprovação do Orçamento ao apresentar o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontou a criação recorde de 401 mil vagas de trabalho formal em fevereiro deste ano. Segundo ele, o dado mostra que a economia estava se recuperando antes da segunda onda da pandemia de covid-19 e reforça a necessidade de manter a responsabilidade fiscal.
 
"Meu pedido é o entendimento a todos nós para que os entendimentos políticos caibam nos orçamentos públicos para que a gente cumpra esse duplo compromisso com a saúde dos brasileiros e com a responsabilidade orçamentária", insistiu.
 
PEC Emergencial e BEm
 
Guedes reclamou, ainda, das mudanças realizadas pelo Congresso Nacional na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial. Segundo ele, a cláusula de calamidade que constava na PEC antes da votação no Congresso criava o protocolo de enfrentamento a futuras pandemias e também permitia que o governo fizesse os esforços necessários para o enfrentamento da "cauda" da pandemia de covid-19 neste ano.
 
O chefe da equipe econômica alegou que, caso essa cláusula tivesse sido mantida na PEC Emergencial, seria possível ao governo fazer gastos extraordinários e direcionados ao enfrentamento da covid e aos impactos sociais da pandemia de covid-19. Ele disse que, desta forma, o governo poderia recriar, por exemplo, o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
 
Pressionado pelos empresários a recriar o BEm, o ministro também criticou a resistência da classe política à proposta da equipe econômica de usar os recursos do seguro-desemprego para recriar o BEm, afirmando que a "classe política precisa ter a sensibilidade de perceber boas soluções técnicas". Diante do impasse orçamentário, o ministro não indicou quando esse programa será renovados, apesar da expectativa dos empresários de que esse anúncio ocorra ainda nesta semana.
 

Fonte: Correio Braziliense

Categorias:

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

A Delegacia Sindical de Curitiba do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

Saiba mais sobre o tratamento de dados feito pela DS Curitiba CLICANDO AQUI. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito da DS Curitiba, bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.