Notícias

Imagem

Dívida do Brasil com organismos internacionais se acumula e país pode perder direito a voto em fóruns multilaterais

Na medida em que o fim do ano se aproxima, cresce o risco de o Brasil perder direito a voto em fóruns multilaterais importantes, principalmente aqueles que fazem parte do sistema ONU. O país tem uma dívida acumulada de cerca de R$ 4 bilhões junto aos organismos internacionais e o governo estuda alternativas para dispor de pelo menos R$ 1,2 bilhão, montante que precisa pagar em 2020 para evitar problemas a partir de janeiro de 2021. Uma das saídas seria um crédito especial, uma vez que não há dotação orçamentária para isso.
 
O valor de R$ 1,2 bilhão é o mínimo para que o Brasil se mantenha ativo nessas instituições. Ao sistema ONU, por exemplo, o Brasil tem de pagar US$ 113,5 milhões (em torno de R$ 615 milhões) este ano, de um total devido de cerca de R$ 2 bilhões. Caso contrário, não poderá votar sobre temas na Assembleia Geral das Nações Unidas e outros conselhos das Nações Unidas.
 
Dados do Ministério da Economia mostram que, neste ano, por exemplo, o governo brasileiro não repassou um único real para os bancos multilaterais. Também não foram honrados os compromissos com as missões das quais o Brasil participa, como Mali, Sudão e Congo.
 
Criticada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não recebeu R$ 84,44 milhões que teria de ser repassado pelo Brasil. O mesmo ocorre com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com pagamentos de, respectivamente, R$ 28,77 milhões e R$ 90,32 milhões.
 
Entre os poucos organismos que receberam dinheiro do governo brasileiro, estão a Organização de Aviação Civil Internacional (R$ 3,9 milhões), a Secretaria do Mercosul, o Centro Interamericano de Administração Tributária e a Organização Mundial do Café (OIC).
 
Segundo uma fonte da área econômica, os atrasos nos pagamentos e contribuições começaram no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. A ideia é quitar todos os débitos em um cronograma que pode levar de três a quatro anos.
 

Fonte: O Globo

Categorias:

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

A Delegacia Sindical de Curitiba do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

Saiba mais sobre o tratamento de dados feito pela DS Curitiba CLICANDO AQUI. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito da DS Curitiba, bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.