A Delegacia Sindical do Rio de Janeiro concentra o maior número de Auditores-Fiscais aposentados do país. São 1557 colegas, conforme dados da Secretaria da entidade, apurados no final do mês de março. Os longos períodos sem concurso na Receita Federal e a prática da aposentadoria tardia, comum até bem pouco tempo, foram determinantes para que, hoje, a média de idade daqueles filiados esteja bem acima dos 75 anos.
Tanto quanto a luta por ganhos financeiros, a proteção efetiva dos Auditores idosos tornou-se uma das prioridades da representação sindical do Rio de Janeiro. A razão impressiona: embora vivam num grande centro e tenham acesso a muitas informações, esses colegas estão se tornando alvo constante de pessoas inescrupulosas e das “ofertas do mercado”.
Empréstimos consignados facultativos que comprometem mais de 30% do rendimento mensal; oferta exagerada de linhas de crédito e serviços bancários desnecessários; casamentos e uniões estáveis notoriamente improváveis; convites de entidades diversas para interposição de ações jurídicas visando ganhos financeiros inexistentes. Estes são exemplos dos apelos comerciais e golpes que atingem os Auditores-Fiscais idosos com frequência e sofisticação cada vez maiores.
As armadilhas são direcionadas, principalmente, aos que vivem sozinhos ou não contam com efetiva proteção familiar. Vítimas de estratégias de vendas diversas ou de pessoas mal-intencionadas, nossos colegas estão expostos a riscos que vão da insolvência financeira à possibilidade de maus-tratos físicos e emocionais.
Além de denunciar tal situação, a DS/RJ vem tomando providências práticas para coibir os abusos e resguardar o acesso dos filiados à boa qualidade de vida e à saúde. Tais ações incluem denúncias ao Ministério Público do Rio de Janeiro e gestões junto à Diretoria Executiva Nacional (DEN) e à Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro (SAMF/RJ).
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