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Ministro diz que PF e Receita podem ser responsáveis por caos aéreo

Quem for viajar neste fim de ano deve se preparar para possíveis aborrecimentos. Apesar de todas as promessas do governo de que os embarques e desembarques nos aeroportos no Natal e no ano-novo transcorrerão em clima de normalidade, uma dose de desconfiança nunca é demais.
 
Seguindo à risca a estratégia de marketing definida pelo Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, anunciou um plano de mobilização para enfrentar, a partir de hoje, o pesado movimento nos 12 maiores terminais do país no fim do ano.
 
Como não havia, no pacote, novidades em relação aos dois últimos anos, Moreira já tratou de encontrar possíveis culpados, caso os transtornos prevaleçam. No entender dele, o sucesso das medidas divulgadas ontem dependerá da cooperação da Polícia Federal e da Receita Federal em reforçar a presença de seu pessoal nos aeroportos para desafogar as filas.
 
Depois de presidir o encontro da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), no qual foi avaliada a Operação Fim de Ano, com ações válidas até 13 de janeiro de 2014, o ministro se mostrou confiante com a expectativa de atingir resultados iguais ou melhores que os obtidos em igual período no ano passado, quando não houve graves problemas. Ainda assim, reforçou a preocupação com o “número necessário de pessoal” da Receita e da PF.
 
Segundo Moreira, os dois órgãos alegam “problemas orçamentários” para garantir um contingente mínimo desejado de servidores nos plantões. Mas ressaltou que o governo já se mostrou sensível ao problema e está disposto a garantir os recursos não previstos. “Os fiscais e agentes federais prestam um serviço essencial ao fluxo dos passageiros”, observou.
 
A Secretaria de Aviação Civil fixou a próxima terça-feira como data limite para resolver o impasse com a PF e a Receita. Ele designou o secretário executivo do órgão, Guilherme Ramalho, para negociar o reforço de equipes nos aeroportos. “Para não pintar tudo de azul, devo lembrar que teremos essas questões ainda por resolver”, sublinhou o ministro.
 
A Polícia Federal confirmou o agendamento da reunião com a SAC na próxima semana para tratar do tema Operação Fim de Ano, mas descartou “qualquer alegação de falta de recursos para incremento de efetivo”. “Pelo contrário. Há muitos anos, a PF realiza recrutamento interno de servidores para que trabalhem no reforço dos aeroportos durante a alta temporada”, acrescentou o departamento, em nota.
 
 
Sem overbooking
 
A PF também salientou que o empenho especial de seus servidores nesse período tem crescido “de forma significativa após o grande número de problemas vivenciados em 2006, no primeiro ano do chamado caos aéreo. Os agentes adiantaram que, antes mesmo do alerta da SAC, já realizou o recrutamento específico  e está “em vias de implementar o reforço de pessoal”. Procurada, a Receita preferiu não se pronunciar.
 
O plano de ação voltado para o período de alta temporada traz uma série de procedimentos que serão adotados pelas administrações dos 12 maiores aeroportos, pelas cinco principais companhias aéreas e pelo grupo de órgãos federais que atuam no sistema aeroportuário. Elas visam, segundo Moreira, “segurança, tranquilidade e conforto” ao público.
 
Na avaliação dele, as fortes chuvas do momento não servem para justificar confusões como a provocada pelos atrasos e adiamentos de voos da Gol, desde a última quinta-feira. “O risco meteorológico faz parte do negócio da aviação civil. Por isso, deve ser equacionado para garantir respostas imediatas”, afirmou.
 
O ministro e o representante das companhias aéreas, Adalberto Febeliano, fizeram um apelo aos passageiros que optem por fazer check-in na internet, em casa ou pelo telefone, para desafogar pontos de atendimento nos aeroportos, muitos dos quais já limitados pela rotina de obras. As companhia aéreas se comprometeram a não fazer reserva de assentos em volume maior ao da capacidade dos aviões, o overbooking.

Fonte: Blog do Vicente

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