Na manhã desta quinta-feira (19), os Auditores-Fiscais que atuam na 1ª Região Fiscal participaram de uma nova reunião telepresencial com membros da Direção Nacional, do Comando Nacional de Mobilização (CNM) e do Comando Regional de Mobilização (CRM) para ajustar ações empregadas na mobilização e fazer uma análise do cenário político e de seu impacto nos pleitos da categoria.

 

A 2ª vice-presidente do Sindifisco Nacional, Auditora-Fiscal Natália Nobre, fez uma atualização dos trâmites em torno da pauta, que são a regulamentação da Lei 13.464/17, a recomposição orçamentária da Receita Federal e a realização de concurso público para o órgão, e ressaltou que o governo precisa sentir que o movimento não vai arrefecer com a concessão do reajuste de 5%, prometido aos servidores públicos federais como um todo.

 

Durante as falas, foi unânime a concordância de que o movimento é o maior da história e continua forte em todo o país, mas que o engajamento poderia ser ainda maior com a adesão total dos Auditores à mobilização.

 

Na ocasião, tanto os membros do Comando como da Direção lembraram o empenho significativo de colegas nas fronteiras, na fiscalização, no Carf, nas DRJ e em outras áreas, que seguem comprometidos desde que o movimento se iniciou. Mas também frisaram a necessidade de o apelo chegar aos Auditores-Fiscais que atuam nos gabinetes próximos da administração e que parecem ignorar a movimentação dos colegas em prol da valorização do próprio cargo.

 

“Não tivemos nenhum tipo de retrocesso no nosso movimento, mas precisamos avançar, por exemplo, na entrega dos cargos para garantir que haja um respeito ao cumprimento do nosso acordo. É importante lembrar que tudo o que conquistamos até aqui veio com muita luta. Aos colegas que ainda não entregaram seus cargos, que o façam, assim como os que ainda não entraram na justiça para isso. É essencial buscarmos também que as exonerações sejam assinadas administrativamente. É impossível conceber que tenhamos colegas verdadeiramente preocupados com o nosso cargo e órgão agindo hoje como se nada estivesse ocorrendo”, disse a 2ª vice-presidente.

 

Ela também colocou a Direção Nacional à disposição e reiterou que, na atual conjuntura, são necessários fatos novos e ações ainda mais contundentes, tendo em vista a proximidade do fim do prazo legal para que o governo considere incluir o pleito da categoria no orçamento. Entre os participantes, ficou acertado que os Auditores de setores que ainda não estão contribuindo para a mobilização serão contatados como forma de sensibilizá-los para a legitimidade da luta pelos nossos pleitos.

 

O coordenador do CNM, Auditor-Fiscal Sérgio Aurélio, endossou a grandiosidade do movimento da categoria e sua influência nas decisões do governo, como a de não conceder o reajuste apenas às carreiras de segurança pública e a pretensão de reajustar os salários do serviço público federal em 5%. “Temos que continuar mobilizados porque é a única saída. Não temos mais nada a perder. Queremos ser avaliados pela nossa produção. Queremos retomar as atividades. E pedir a regulamentação da Lei 13.464 não é nenhum favor, é o cumprimento de um acordo”, esclareceu.

 

Já o coordenador-adjunto do CNM, Auditor-Fiscal Marcus Dantas, lembrou que o governo vai na contramão de suas promessas quando diz priorizar a segurança nacional, mas, na prática, deixa as fronteiras desguarnecidas com a falta de Auditores-Fiscais atuando no contrabando.

 

“Estamos há oito anos sem concurso, e essa indignação é coletiva. Sobre nossa mobilização, quanto tempo o governo vai aguentar a pressão do empresariado, que clama por uma definição junto aos Auditores-Fiscais? Se há uma categoria capaz de causar danos políticos a esse governo é a nossa. Continuemos mobilizados e firmes até a vitória”, disse.

 

Na reunião, os Auditores também tiveram a oportunidade de tirar dúvidas acerca das orientações do caderno de mobilização, que norteia as ações em curso.