
Reajuste de 5% desagrada e une forças do funcionalismo
Anúncio do governo federal gera insatisfação, porque não chega nem perto dos 20% de inflação acumulada
Anunciado nas últimas semanas pelo governo federal, o possível reajuste de 5% no salário dos servidores públicos federais criou uma revolta ainda maior entre o funcionalismo público brasileiro. Aliás, essa porcentagem não chega nem perto dos 20% de inflação acumulada. Sendo assim, o que notamos é que o anúncio aproxima ainda mais todas as carreiras federais, que estão insatisfeitas com o descaso apresentado nos últimos três anos.
Neste meio tempo, a mídia apresentou dúvidas sobre qual seria o posicionamento da Receita Federal do Brasil: se o anúncio dos 5% interferiria na mobilização que temos feito ou não. Neste caso, esclarecemos que o reajuste apresentado só causa mais insatisfação por parte dos Auditores-Fiscais e ressaltamos que as nossas pautas de reivindicação são ainda maiores e mais graves.
Hoje, o funcionamento da Receita está sendo afetado pelo corte orçamentário de 51% e pela redução do efetivo dos servidores em 40%. Nos últimos anos, 5 mil Auditores-Fiscais foram aposentados e não houve reposição por meio de concurso público. Ou seja, nós trabalhamos com apenas 60% do efetivo. Eram mais de 12 mil servidores, hoje são pouco mais de 7 mil. Além disso, temos o descumprimento da lei 13.464/2017, com prazo vencido desde março de 2017.
Só poderemos voltar ao funcionamento normal da RFB quando todas essas pendências forem resolvidas. Estamos demonstrando uma força nunca vista antes: de um total de 1.700 cargos de chefia, os Auditores-Fiscais entregaram 1.200. A expectativa é que, com esse descaso do governo, a união de todas as carreiras federais seja ainda maior. Vamos intensificar a nossa mobilização e acreditamos que todos os servidores devem seguir o nosso exemplo!
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