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Greve contra reforma da Previdência paralisa Paris

Motoristas de ônibus e metroviários paralisaram transportes para protestar contra mudanças promovidas por Macron. Governo quer criar sistema de pontos e unificar 42 diferentes regimes de aposentadoria do país. Paris vive uma sexta-feira (13/09) de caos no transporte público, com centenas de milhares de pessoas afetadas por causa de uma greve de motoristas de ônibus e metroviários contra a reforma da previdência promovida pelo governo francês.
 
Já nas primeiras horas da manhã, as consequências da greve da RATP, empresa responsável pelo transporte metropolitano, eram evidentes nas ruas, lotadas de carros e pedestres, e nas rodovias de acesso, onde antes das 8h (horário local, 3h de Brasília) já se acumulavam 285 quilômetros de engarrafamentos.
 
Dez linhas de metrô estão completamente paralisadas, quatro operam parcialmente nos horários de pico e apenas as duas automatizadas circulam normalmente, mas com um fluxo muito maior que o normal.
 
Nos trens suburbanos, as duas linhas principais (RER A e RER B0, esta última o principal acesso aos dois aeroportos da capital) têm um serviço muito limitado. A situação é semelhante com os bondes e ônibus. Apenas um terço dos veículos saiu das garagens. Muitas pessoas optaram por se deslocar a pé, de bicicleta ou de patinetes elétricos.
 
A greve, convocada pelos sindicatos representativos da RATP, é o primeiro grande protesto após o retorno das férias de verão contra a reforma da previdência promovida pelo governo do presidente Emmanuel Macron. A proposta tem como eixo principal é criar um sistema de pontos e unificar os 42 diferentes regimes de aposentadoria que existem atualmente no país.
 
Isso afeta diretamente os funcionários da RATP, que possuem um regime especial que lhes permite se aposentar entre 51 e 62 anos, com uma pensão calculada apenas nos últimos seis meses de sua carreira. Em média, os motoristas e metroviários da empresa se aposentam com 55 anos, enquanto a média nacional entre os trabalhadores é 63 anos.
 
Dez linhas de metrô estão completamente paralisadas, quatro operam parcialmente nos horários de pico e apenas as duas automatizadas circulam normalmente, mas com um fluxo muito maior que o normal.
 
Nos trens suburbanos, as duas linhas principais (RER A e RER B0, esta última o principal acesso aos dois aeroportos da capital) têm um serviço muito limitado. A situação é semelhante com os bondes e ônibus. Apenas um terço dos veículos saiu das garagens. Muitas pessoas optaram por se deslocar a pé, de bicicleta ou de patinetes elétricos.
 
A greve, convocada pelos sindicatos representativos da RATP, é o primeiro grande protesto após o retorno das férias de verão contra a reforma da previdência promovida pelo governo do presidente Emmanuel Macron. A proposta tem como eixo principal é criar um sistema de pontos e unificar os 42 diferentes regimes de aposentadoria que existem atualmente no país.
 
Isso afeta diretamente os funcionários da RATP, que possuem um regime especial que lhes permite se aposentar entre 51 e 62 anos, com uma pensão calculada apenas nos últimos seis meses de sua carreira. Em média, os motoristas e metroviários da empresa se aposentam com 55 anos, enquanto a média nacional entre os trabalhadores é 63 anos.
 
Greve no metrô de Paris contra reforma previdenciária provoca caos nos transportes
Moradores de Paris enfrentaram problemas no deslocamento desta sexta-feira, já que funcionários do metrô entraram em greve contra a proposta do presidente Emmanuel Macron de reduzir seus benefícios em uma reforma da Previdência.
 
Dez das 16 linhas de metrô em Paris e duas grandes linhas de trens regionais foram completamente paralisadas durante o momento de pico da manhã, deixando a população com dificuldades para encontrar formas alternativas de chegar ao trabalho.
 
Na Gare Saint-Lazare, na região central da cidade, os passageiros desembarcavam dos trens operados pela SNCF para consultar rotas de ônibus nos telefones celulares.
 
Extensas filas se formavam nos pontos de ônibus enquanto o trânsito congestionava ainda mais cruzamentos. Na estação de trem Gare du Nord, a mais movimentada da Europa, passageiros enfrentaram plataformas lotadas e longas esperas para as poucas linhas de metrô que circulavam com serviço reduzido.
 
“Estou indo a pé para o trabalho hoje e vou ficar na rua por ao menos quatro horas”, disse Anthony, de 21 anos, que trabalha em um restaurante no oeste de Paris, a caminho de seu turno que terminaria por volta de meia-noite.
 
Sindicatos querem que a greve, que deve ser a maior desde 2007 em Paris, mande um alerta ao governo de Macron, o qual inicia a reforma mais polêmica de seu mandato: incorporar todos os 42 sistemas de aposentaria existentes na França em um único sistema baseado em pontos.
 
O premiê Edouard Philippe prometeu na quinta-feira que ouviria a opinião de sindicatos e do público após críticas anteriores por não o fazer.
 
“Os anúncios do primeiro-ministro não terão qualquer impacto. A greve foi lançada e a adesão será massiva”, disse Frederic Ruiz, que comanda o sindicato CFE-CGC na empresa de transporte público de Paris, RATP.
 
A Pública está de olhos abertos no que acontece no mundo, nas similaridades das ações contra os trabalhadores, uma prática também em outros países, cujos governos, invariavelmente, afetam o lado mais fraco para resolver seus problemas e atender aos seus próprios interesses. Sem resistência não se pode defender os próprios direitos. Às vésperas da aprovação da reforma da Previdência no Brasil o que vimos, por um lado, se não houvesse uma oposição dedicada em reunir os trabalhadores, as centrais sindicais e os parlamentares que realmente trabalham pelos seus representados, alguns pontos não teriam sido excluídos e/ou melhorados. Contudo, sabemos que mesmo com tantos esforços os servidores públicos e a sociedade brasileira veem-se perdidos em meio a projetos que ferem seus direitos conquistados com muita luta.
 

Fonte: Pública

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