Rachadinha
O capitão Bolsonaro, hoje, presidente da República, garantiu na campanha eleitoral que não admitiria e seria rigoroso no combate à corrupção. O mesmo discurso foi usado pelo filho, Flávio Bolsonaro, que conseguiu se eleger senador. Mas o novo senador não titubeou e foi ao Supremo Tribunal Federal pedir a suspensão e anulação de toda a investigação sobre o policial militar e ex-assessor Fabrício Queiroz, com movimentação financeira de R$ 1,2 milhão, valor incompatível com a renda do PM. Queiroz, como vários outros assessores do Legislativo do Rio de Janeiro, é suspeito de participar do esquema "rachadinha", em que os contratados pelos parlamentares são obrigados a devolver a maior parte do salário para um caixa paralelo. Será que o senador é cúmplice do ex-assessor na suposta falcatrua? A tentativa de barrar as investigações só fortalece a suspeita de que o esquema de corrupção estava presente no gabinete do ex-deputado estadual, agora, eleito senador.
Walquiria Ramos, Park Way
Gastança
Entra e sai governo e todos culpam a Previdência Social sobre o deficit público. Li no site do Correio a notícia de que os senadores gastaram R$ 21 milhões com futilidades. Não há outra expressão para qualificar as despesas de quem tem um dos mais altos salários do setor público. Os parlamentare não têm o menor respeito pela sociedade. Gastam o dinheiro do contribuinte sem a menor cerimônia. Mas a responsabilidade é nossa, eleitores, pois transformamos desqualificados em legisladores, damos poder a quem não merece, quando votamos em quem não deveríamos. Daí, falta dinheiro para a Previdência, para a saúde, para a educação, para a segurança pública e para tantos outros serviços indispensáveis ao bem-estar da população. São esses atos perdulários dos irresponsáveis uma das causas da profunda desigualdade que torna o Brasil um país menor e, ao mesmo tempo, grandioso em miséria, fome e violência.
Fernando Moreira, Águas Claras
Arma
Os especialistas em análise criminal acham que as medidas sobre a flexibilização do registro para a posse de armas em residência ou comércio/indústria não têm o condão de solucionar a violência e que a arma não ajuda ninguém do ponto de vista de segurança pública. As teorias não têm a mínima razão e são destituídas de todos os fundamentos teleológicos e jurídicos. Em primeiro lugar a arma em casa constitui-se num fator de contenção à ideia criminosa. Nenhum criminoso pensa em arrombar uma residência se sabe que o morador possui arma e pode reagir. Por outro lado, o morador não terá esse direito com um simples pedido ou de "mãos beijadas". Há vários requisitos. Terá que provar efetiva necessidade de possuir a arma, ter no mínimo 25 anos de idade, idoneidade moral, não responder a inquérito policial ou processo criminal, ocupação lícita (desempregado não pode), comprovação de residência fixa, capacidade técnica para utilizar a arma, laudo de exame psicológico realizado pela Polícia Federal ou por clínica credenciada. Uma coisa há que ninguém atentou: é que quem tem arma em casa, sem registro, vai procurar registrá-la e, com isso, a polícia vai saber o número de armas clandestinas, possibilitando-a, em caso de crime ocorrido na região onde o possuidor mora, (pelas suas características e em confronto balístico) descobrir o autor. No § 7º do artigo 12, (acrescido à Lei 5.123/2004) do Decreto houve uma grande falha ao não serem incluídas as carreiras da magistratura e do Ministério Público como de efetiva necessidade para a aquisição de arma de fogo.
José Lineu de Freitas, Asa Sul
Tarifas
No fim do ano passado, a Câmara Legislativa aprovou o término da cobrança de tarifa mínima nas contas de água e esgoto. Esperamos que o governador, advogado, regulamentará com urgência tal normativo que corrige uma ilegalidade de uma cobrança de um serviço ou produto não consumido, contrariando inclusive o Código de Defesa do Consumidor. Agora falta a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) extinguir a imoral tarifa mínima na conta de luz que, no DF, chega a R$ 70 reais. Esperamos também que o senhor Ibaneis ponha a Novacap e Serviço de Limpeza Urbana (SLU) para funcionar, fiscalizando e cobrando serviços das empresas terceirizadas que recebem, mas não entregam os serviços pelos quais pagamos. Pagamos impostos elevados, senhor governador e o GDF paga as empresas. Na 713 Sul, o lixo se acumula nas áreas verdes. Temos de pagar jardineiros para cuidar das áreas verdes públicas. Uma vergonha! Confiamos que o senhor colocará a máquina pública para funcionar!
Helio Campos, Asa Sul
Rapidez
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, deu o exemplo que deve ser seguido por todos os governantes do país. Chegando de Brasília, por volta das 23h de quinta-feira, soube que o Hospital Materno Infantil de Goiânia seria fechado. Imediatamente, ele colocou na porta do Hospital, dois carros de luxo, confiscados do ex-governador Marconi Perillo, com valor estimado em mais de R$ 500 mil. Os veículos estão na porta do hospital para leilão. Assim, o governador impediu o fechamento da unidade de saúde.
Saulo Siqueira, Asa Norte
Fonte: Correio Braziliense
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