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País equaciona problemas, mas desigualdade persiste

O corregedor geral do TJRJ, Cláudio de Mello Tavares, que assumirá a Presidência do Tribunal a partir de fevereiro, disse que o Brasil vem resolvendo seus problemas desde a promulgação da Constituição de 1988, mas lamentou a persistência da desigualdade e da chaga da corrupção.

- Pela primeira vez na nossa história, os mais relevantes conflitos políticos e sociais estão sendo equacionados a partir da Constituição: do impeachment de presidentes da República à reforma da Previdência Social; do aborto de feto anencéfalo ao controle de atos das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) - comemorou.

Mas, a despeito das conquistas geradas pela Carta, o desembargador apontou feridas que o país ainda não conseguiu curar, como um profundo abismo de desigualdades sociais, com elevada concentração de renda e déficits dramáticos em moradia, educação, saúde, saneamento básicos e outros itens.

- Em paralelo à desigualdade, estamos vivendo um atraso semelhante no processo civilizatório. Também nesse terreno, estamos correndo atrás, com índices significativos de corrupção, deficiências nos serviços públicos em geral (dos quais dependem sobretudo os mais pobres) e patamares de violência que se equiparam aos de países em guerra - comparou.

Diante do cenário de reformas socioeconômicas no país, em curso ou em perspectiva, o corregedor geral do TJRJ, sem propriamente contestar a separação de poderes, apresentou uma visão ousada do papel do Judiciário, alinhada com o que vem acontecendo na prática.

- Nesse contexto, é natural que o Poder Judiciário desempenhe um papel bem mais ativo na esfera social, desafiando certas concepções mais ortodoxas sobre o princípio da separação de poderes - afirmou.

Mesmo com as muitas prisões e condenações de políticos denunciados por corrupção, Cláudio de Mello Tavares disse constatar que algumas pessoas seguem pessimistas quanto ao futuro, embora ele mesmo seja um otimista. Na sua interpretação, as mudanças em curso no cenário político, com a eleição de um novo presidente da República e de novos governadores de estados, entre outros fatores, significam que os anseios da população estão sendo ouvidos.

O futuro presidente do TJRJ disse entender que os também novos governantes e seus auxiliares estão comprometidos a fazer uma gestão claramente direcionada a resolver os problemas que afligem a população do país.

- Precisamos tirar o Brasil e o Estado do Rio de Janeiro da situação em que se encontram e levá-los de volta ao caminho do desenvolvimento - resumiu.

 

Fonte: O Globo

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