Notícias

Imagem

51% dos brasileiros pretendem se aposentar antes dos 65 anos diz FenaPrevi

Uma pesquisa feita pelo Instituto Ipsos em parceria com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) revela que 51% dos brasileiros pretendem se aposentar antes dos 65 anos e apenas 20% planejam parar de trabalhar após esta idade. 
 
O levantamento mostrou ainda que 51% das pessoas consideram que o sistema previdenciário é sustentável e 28% acreditam que haverá problemas no futuro. Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (12/6) pelo presidente da FenaPrevi e CEO da Zurich no Brasil, Edson Franco, durante o IX Fórum Nacional de Seguros de Vida e Previdência Privada, que ocorreu no WTC Events Center, em São Paulo. 
 
“Isso mostra que os brasileiros ainda não compreenderam que a Previdência está em desequilíbrio e marcha para o colapso”, disse Franco. Ele defendeu que há um deficit crônico e crescente nas contas públicas, resultado da expansão dos com os benefícios previdenciários. Segundo ele, o estudo mostra que há grande desinformação das pessoas sobre um tema e respostas contraditórias para a pesquisa.
 
Mesmo com o entendimento dos entrevistados de que o sistema previdenciário é sustentável, 49% das pessoas que responderam a pesquisa acreditam que a reforma da Previdência Social deve ser tratada pelo próximo presidente, enquanto 33% avaliam que não. 
 
A grande maioria das pessoas (75%) acreditam que o principal problema do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) é a corrupção, enquanto 15% culpam a forma como ele foi pensado e o envelhecimento da população. 

O presidente da FenaPrevi destacou a pesquisa mostrou uma mudança de percepção da população, porque antes a sociedade não tinha conhecimento da reforma da Previdência. “Hoje, quase todo mundo tem uma opinião sobre a reforma”, disse. “43% já entendem e acreditam que fazer uma reforma é importante, o que é a maior parte, já que 38% discordam. Mas há uma diferença muito pequena, o que retrata que os brasileiros estão divididos sobre o tema”, completou. 

 
De acordo com ele, há um alto nível de desinformação, porque 51% das pessoas acreditam na sustentabilidade do sistema previdenciário. “Esse é um índice alto demais para o tamanho do problema que nós temos”, disse. “Há uma projeção de um deficit de R$ 200 bilhões (na Previdência). Hoje, a seguridade social consome 45% dos gastos públicos e, em menos de uma década, vai chegar a 60%”, completou Franco. 
 
O presidente da FenaPrevi comparou aos gastos destinados à saúde e educação, que são menores que 15% do total do orçamento público federa. “Se (as despesas com Previdência) continuar crescente, dado as condições demográficas de envelhecimento da população, esse gasto vai tirar dinheiro de saúde, educação e infraestrutura e de tudo aquilo que o Brasil tanto precisa para continuar a crescer”, explicou. 

Aposentadoria

Mesmo com a opinião majoritária de que as pessoas querem se aposentar antes dos 65 anos, 43% das pessoas afirmaram que vão continuar trabalhando por conta da dependência dos recursos. O levantamento mostra que 76% dos brasileiros vão precisar “totalmente” ou “muito” dos recursos, enquanto 18% dependeria “pouco” e 3% não precisa do montante. 
 
Por isso, 60% dos entrevistados acreditam que os planos complementares de previdência são necessários. Segundo eles, os remédios (57%), plano de saúde (48%) e segurança (36%) são os gastos que mais preocupam.
 
Mesmo assim, Franco mostrou que há uma diferença entre o que é defendido e os comportamentos. A pesquisa revela que 43% das pessoas pretendem garantir o próprio sustento trabalhando na sua fase de aposentadoria. Na contramão, 18% espera usar recursos da poupança, previdência privada ou outros. Outros 5% afirmaram que terão suporte de famílias e 4% usarão investimentos em imóveis. 
 
Além disso, a maioria dos entrevistados não sabe ou não respondeu qual será o valor a receber de aposentadoria (48%). Outros 22% responderam que terão entre 100% e 80% da renda atual. O estudo ouviu 1,2 mil pessoas em 72 municípios no mês de abril, com  idades entre 16 anos e 60 anos ou mais. 

Preparação para o futuro

Franco destacou que o Estado não terá capacidade de suprir o bem estar social da população, que está envelhecendo. Por isso, é necessário que as pessoas se preparem e se conscientize para a criação de uma poupança de longo prazo. 
 
Mesmo assim, um estudo da Zurich em parceria com a Universidade de Oxford revelou que 75% dos entrevistados consideram dever do Estado o bem estar social dos indivíduos. O presidente da FenaPrevi destacou que os dados são semelhantes com os 83% que declararam não ter condições de sobreviver financeiramente pelos próximos seis meses. 
 
“A maioria das pessoas desconhece outras formas de proteção social e não supõe que haja alternativas a proteção que espera receber do Estado”, disse. “O Brasil é um país com uma cultura de poupança de longo prazo ainda em formação”, completou. 

De acordo com o presidente da FenaPrevi, os próximos meses serão fundamentais para uma reflexão de temas que afligem a nação, dada a proximidade das eleições deste ano.  Segundo ele, é preciso “buscar caminhos e saídas de obstáculos que obstruem o crescimento do país”. “A economia brasileira se recupera lentamente da mais grave crise econômica de sua história. O país tem pela frente dificuldades que, para serem superadas, exigem um envolvimento de todos os agentes econômicos e políticos”, ressaltou. 

 

 

Fonte: Correio Brasiliense

Comente esta notícia

código captcha
Desenvolvido por Agência Confraria

A Delegacia Sindical de Curitiba do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) utiliza alguns cookies de terceiros e está em conformidade com a LGPD (Lei nº 13.709/2018).

Saiba mais sobre o tratamento de dados feito pela DS Curitiba CLICANDO AQUI. Nessa página, você tem acesso às atualizações sobre proteção de dados no âmbito da DS Curitiba, bem como às íntegras de nossa Política de Privacidade e de nossa Política de Cookies.