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Mais de 80% da riqueza do mundo ficou com 1% da população, diz relatório

Em todo o mundo, 82% da riqueza mundial produzida em 2017 ficou nas mãos de 1% da população mais rica e as mulheres pobres foram as menos beneficiadas pelo crescimento econômico. A informação foi publicada pela ONG Oxfam em um relatório publicado nesta segunda-feira (22/01), às vésperas da abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
 
De acordo com a diretora da Oxfam, Winnie Byanyima, “o boom de bilionários não é sinal de uma economia próspera, mas o sintoma do fracasso do sistema econômico". A declaração foi feita durante a apresentação do relatório, intitulado "Recompensar o trabalho, não a riqueza".
 
"Exploramos as pessoas que fabricam nossa roupa, que constroem nossos telefones celulares e cultivam os alimentos que comemos para garantir um fornecimento constante de produtos baratos, mas também para aumentar os lucros das empresas e seus ricos investidores", criticou a diretora da organização não-governamental que combate a pobreza, citada em um comunicado.
 
Segundo dados da Oxfam, 50% da população mundial não se beneficiou com o crescimento econômico
 
De acordo com o relatório da Oxfam, 3,7 bilhões de pessoas, ou seja, 50% da população mundial, não beneficiaram do crescimento que o mundo experimentou no ano passado, enquanto o 1% mais rico embolsou 82% da riqueza mundial.
 
Desde 2010, ou seja, em plena crise internacional após o estouro da bolha financeira em 2008, a riqueza desta "elite econômica" aumentou, em média, 13% por ano, explicou a Oxfam.
 
Na América Latina, riqueza dos bilionários cresceu US$ 155 bilhões
 
O pico foi alcançado entre março de 2016 e março de 2017, período em que "se produziu o maior aumento na história do número de pessoas cuja fortuna supera o bilhão de dólares, a um ritmo de nove novos bilionários a cada ano". Na América Latina, a riqueza dos bilionários cresceu US$ 155 bilhões no último ano.
 
"Essa quantidade de riqueza seria suficiente para acabar quase duas vezes com toda a pobreza monetária por um ano na região", segundo a Oxfam. Para a organização, as mulheres operárias são as que se encontram "na parte mais baixa da pirâmide".
 
"Em todo o mundo, as mulheres ganham menos que os homens e estão super-representadas nos empregos menos remunerados e mais precários", disse. "Da mesma forma, a cada 10 novos bilionários, 9 são homens", acrescentou. Na América Latina, as mulheres trabalham quase o dobro de horas dos homens em trabalhos não remunerados.
 
A Oxfam costuma publicar seu relatório logo antes do tradicional encontro anual da elite mundial em Davos. A diretora da ONG propôs limitar os dividendos dos acionistas e dirigentes de empresas, o fim do "abismo salarial" entre homens e mulheres e a luta contra a evasão fiscal.
 
Segundo pesquisa realizada para a Oxfam em dez países, dois terços dos 70.000 consultados consideram "urgente" abordar o abismo entre ricos e pobres. A pesquisa foi realizada na Índia, Nigéria, Estados Unidos, Reino Unido, México, África do Sul, Espanha, Marrocos, Holanda e Dinamarca.
 
(*) Publicado na RFI

Fonte: Opera Mundi

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